segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Leitor véiu... ajudante de papai noé

O Natal está chegando, e esse post não tem nada a ver com isso.
Esse título vem de um ex colega meu, ele contava que um tio dele sempre chamava ele desse jeito: "Jean véio, ajudante de papai noé... tá ajudando o papai noéé...?", e nem precisava estar perto do natal.
Eu fico pensando, seja na escola, no trabalho, fico encontrando essas pessoas, nós sempre tentamos viver à altura de um certo padrão, das pessoas normais. Mas cadê as pessoas normais?
Cada vez mais me convenço que o normal é ser estranho.
Todos os anos conheço pessoas novas e estranhas que me fazem sentir como se a vida fosse um grande sitcom.
As pessoas mais normais foram dois guris que moraram por um tempo na rua de cima, eles estavam sempre felizes, eram irmãos e eram bons um com o outro... eu odiava eles. Mas eles escolheram uma vizinhança ruim pra serem normais, já contei pra vocês sobre minha vizinha que conversa com os cachorros...? e não é tipo aquelas pessoas que parecem estúpidas quando falam com seus cachorros, ela conversa com eles como se fossem gente. Lembro um dia, quando eu chegava em casa e ela tava chegando na dela, o cachorro dela estava entrando na cerca por um buraco, ela começou a gritar com ele "onde tu foi?! não te mandei ficar cuidando da casa?!?".
Outra história interessante sobre essa minha vizinha é de quando tinha esse carteiro negro, a vizinha tinha um cachorro que chamava de preto... vocês já devem ter percebido onde essa história vai chegar. Então, ela tinha esse chicote enorme e quando o cachorro fugia, ela saía pela rua com o chicote atrás dele. Um dia o carteiro vinha descendo pela rua na frente da casa dela, o cachorro tinha fugido, e é quando ela aparece na porta e grita "preto! volta aqui!!", o carteiro parou, e ela gritou de novo "preto! tu vem aqui agora! ah é?! não vai vir?! espera aí que vou pegar meu chicote", eu podia ver o medo na cara do carteiro. Resumindo a história, na semana seguinte tinha um carteiro diferente, nunca soube se ele pediu pra mudar de rota ou largou a profissão de vez...
Eu sempre me achei um bom contador de histórias, um raconteur (só queria usar a palavra raconteur, que provavelmente devo ter usado errado), essa outra história aconteceu dentro da minha família, tinha essa tia da minha mãe, que não conhecia Halloween, e na noite do dia das bruxas chegaram algumas crianças pra pedir doces na casa dela. E ela começa a gritar:
- VOCÊS DEVIAM TER VERGONHA, UMAS CRIANÇAS DE FAMÍLIA QUE NEM VOCÊS PEDINDO ESMOLAS! EU VOU CONTAR ISSO PROS PAIS DE VOCÊS!
Dizem que hoje quando as crianças vêem ela na rua, saem correndo. No final foi a velha quem pregou a peça nas crianças... mesmo não sabendo disso.

1 comentários:

Unknown disse...

bah é verdade essa do carteiro hauahuaa não pode