Série: Peru, pega no meu... (começando bem)

Bem, bem, bem. Entrei em férias. Isto seria motivo de alegria para 99,99999% das pessoas. E assim foi, pra mim. Até esta manhã. Explico: viajarei ao Peru sexta-feira. Sendo assim, vim à casa do meu pai, em Jaraguá do Sul - Santa Catarina, dois dias antes para acertarmos detalhes dos roteiros e outros trâmites legais.

Peguei o ônibus da Viasul (lembrem bem desse nome) ontem (11/11/2008) às 22:15h com previsão de chegada às 06:30h, aproximadamente. Qual não é a minha surpresa quando às 07:20h de hoje acordo no ônibus, vejo a hora e penso: "Putz, que viagem demorada. Deve ser por causa da chuva...". Ledo engano...

Alguns minutos depois percebo o ônibus entrando em área urbana. Penso: "Finalmente chegando...". Relaxei e em alguns minutos o ônibus estava entrando na rodoviária. Começo a juntar minhas tralhas e preparar a descida. Estranhei, pois o motorista havia desligado o ônibus. E ele só faz isso no fim da linha. Gelei e parei. Preparei-me psicologicamente e desci pronto para subjugar mentalmente o motorista:

-"Aqui não é Jaraguá do Sul, né?", disparei.

-"Não, aqui é Joinville.", ele retrucou rispidamente.

Falei-lhe que deveria ter descido em Jaraguá do Sul e ele prontamente respondeu:

-"Na minha planilha só tinha 3 passageiros pra descer em Jaraguá e todos desceram".

Ou seja, se eu tivesse pego uma linha que passasse por Jaraguá e o ponto final fosse em Fortaleza, ele não ia estar nem aí porque tudo que o cerebrozinho dele foi treinado pra fazer era olhar a planilha. Bem, assumi minha condição de viajante perdido, comuniquei meu progenitor e providenciei a passagem de volta à Jaraguá do Sul.

Tive sorte, comprei a passagem às 08:10h e o ônibus saía às 08:14h (sim, exatamente 14). Uma hora de viagem. Tudo bem, tô de férias, foda-se. Chego em Jaraguá, desço do ônibus, olho ao meu redor: "Sim, é aqui." Novamente, entro em contato com meu pai para buscar-me. Quinze minutos depois ele chega. Coloco minha bagagem no porta-malas. Vou entrar no banco da frente e sinto falta de algo: "Minha mochila!"

Meu pai questiona sobre o conteúdo da mochila e calmamente respondo: "Ah, nada demais, só meu notebook." Volto ao guichê da Expresso Catarinense (lembrem-se desse nome também) e comunico o atendente Jonathan sobre o ocorrido. Ele detem-se a dizer-me que às 15:30h o ônibus voltaria e eu poderia pegá-lo. Naquele momento fiquei atônito. Em que raios de planeta aquele imbecil vive? Provavelmente em algum conto de fadas, porque no mundo que eu vivo boa parte das pessoas adoraria encontrar um notebook dando sopa num ônibus.

Após uma conversa mais séria com o jovenzinho, ele entrou em contato com o destino final da linha comunicando o fato. Prontifica-se a receber a mochila no horário combinado e comunicar assim que chegasse (15:30h). Às 15:40h preparo-me para ir à rodoviária, mas num lampejo de incredulidade, ligo para lá afim de confirmar a chegada do meu bebê. Adivinhem o que conseguiram fazer... Os idiotas esqueçeram de colocar minha mochila no ônibus que voltava à Jaraguá. Envergonhado, o cara pede desculpa e informa que no ônibus das 18:10h estará lá.

Cara, na boa... incompetência tem limite. E hoje, conseguiram extrapolar todos os limites aceitáveis. Depois dos acontecimentos de hoje, tenho apenas dois desejos: que nada tão inaceitável volte a ocorrer nestas férias e que eu jamais na minha vida precise dos serviços da Expresso Catarinense (não posso dizer o mesmo da Viasul porque é a única que tem linha de Jaraguá para Caxias). Vamos ver o que acontece... Desejem-me sorte.